A cirurgia bariátrica é um procedimento que transforma vidas, ajudando pessoas a alcançar um peso saudável e melhorando significativamente sua qualidade de vida.

No entanto, após essa grande vitória, muitos pacientes enfrentam um novo desafio: a negativa dos planos de saúde em cobrir a cirurgia reparadora pós-bariátrica.

Esse procedimento são fundamentais para remover o excesso de pele resultante da perda de peso drástica, mas muitos planos de saúde se recusam a cobri-las, alegando serem meramente estéticas.

Mas será que essa negativa é justa?

Por que a cirurgia pós-bariátrica é mais do que estética

A cirurgia reparadora pós-bariátrica, embora tenha um impacto estético, vai muito além disso.

O excesso de pele que permanece após a perda significativa de peso não é apenas um incômodo visual. Ele pode causar sérios problemas de saúde, como infecções, assaduras, dificuldades de higiene e até problemas emocionais, como baixa autoestima e depressão.

Por isso, a cirurgia reparadora é considerada por muitos especialistas como uma parte essencial do tratamento completo para pacientes bariátricos.

Quando um plano de saúde nega a cobertura dessa cirurgia, alegando ser um procedimento estético, ele pode estar ignorando os aspectos médicos e psicológicos importantes dessa condição.

Essa negativa pode ser contestada judicialmente, e muitos pacientes têm conseguido reverter essa decisão, garantindo o direito ao tratamento completo que precisam.

Enfrentar a negativa de um plano de saúde para a cirurgia pós-bariátrica pode ser frustrante e angustiante.

No entanto, é importante saber que você não está sozinho e que existem medidas eficazes para reverter essa decisão.

Ao seguir os passos corretos, você pode aumentar significativamente suas chances de garantir a cobertura para o procedimento necessário.

Abaixo, listamos 5 passos para ajudar você a lutar pelos seus direitos e obter a cirurgia reparadora que você precisa.

1. Reúna toda a documentação médica

Isso inclui laudos, relatórios e atestados de médicos que comprovem a necessidade da cirurgia reparadora.

Esses documentos são essenciais para demonstrar que o procedimento não é apenas estético, mas uma necessidade médica devido a complicações como infecções, irritações ou problemas psicológicos decorrentes do excesso de pele.

Quanto mais detalhado for o laudo médico, mais forte será sua argumentação.

2. Solicite a reconsideração da negativa

Após reunir toda a documentação, entre em contato com o plano de saúde e solicite formalmente a reconsideração da negativa.

Envie os documentos médicos e exija uma nova avaliação do caso. Muitas vezes, as negativas iniciais são emitidas sem uma análise aprofundada, e ao apresentar evidências médicas robustas, o plano pode reconsiderar e autorizar a cirurgia.

Este é um passo que pode evitar a necessidade de uma ação judicial.

3. Consulte um Advogado especializado

Se o plano de saúde continuar negando a cobertura, é hora de consultar um advogado especializado para analisar o seu caso e orientar sobre os melhores caminhos a seguir, seja por meio de uma negociação direta com o plano de saúde ou pela via judicial.

Além disso, ele poderá indicar quais são os direitos garantidos por lei, reforçando sua posição frente ao plano de saúde.

Interessado em saber mais sobre outras situações que devem ser cobertas pelo plano de saúde, especialmente em casos de condições como o autismo?

Confira nosso artigo sobre Autismo: quais tratamentos devem ser cobertos pelo plano de saúde?

4. Inicie uma ação judicial, se necessário

Caso todas as tentativas de reconsideração falhem, iniciar uma ação judicial pode ser a única alternativa para garantir seus direitos.

O advogado irá protocolar uma ação contra o plano de saúde, pedindo a cobertura da cirurgia pós-bariátrica.

Geralmente, as ações judiciais nesse contexto incluem pedidos de liminar, que podem obrigar o plano a cobrir a cirurgia rapidamente, antes mesmo do julgamento final.

5. Acompanhe e participe do processo ativamente

É fundamental que você acompanhe de perto todas as etapas do processo.

Mantenha contato regular com seu advogado, forneça qualquer documentação adicional necessária e esteja presente nas audiências, se solicitado.

A sua participação ativa pode fazer uma grande diferença no desenrolar do caso, garantindo que todos os seus direitos sejam defendidos com vigor. Além disso, se o plano de saúde ceder antes do julgamento, você estará pronto para agir rapidamente.

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